TC Silva fala ao projeto ID21. TC é fundador da Casa de Cultura Tainã e da Rede Mocambos - que estimulam a valorização das manifestações artísticas, culturais, sociais, alimentares, e muitos outros elementos que constituem os saberes e fazeres de comunidades tradicionais brasileiras. Partindo da apropriação tecnológica digital, que possibilita que os conhecimentos e práticas tradicionais sejam registrados, organizados e difundidos, a Tainã busca produzir e difundir conteúdos e informações relevantes para as comunidades parceiras e para o público em geral.
TC Silva, sou da casa de Cultura Tainã, uma organização comunitária e cultural que trata principalmente das questões da cultura afrodescendente, discutimos africanidades aqui e tb de questões ligadas a esse problema complexo e historicamente marcado no Brasil que são a questão da reparação, do processo de escravização de africanos e africanas e reparações que a própria constituinte do Brasil não deu conta de garantir, tratamos dessas questões que envolve questões fundiárias, de cidadanias plena, direitos garantidos
Tainá criou a rede Mocambos, consequentemente espalhou para o Brasil todo e junto disso surgiu a proposta do Baobaxia, rede federadas de pequenos servidores, rede de comunicação comunitária.
Atuamos muito no inicio anos 2000 em programas de cultura digital, prog de inclusão digital.
"questionamos muito as políticas de inclusão, incluir quem e onde?" questão que sempre levantamos aqui!!
"nem sempre a gente quer ser incluído, as vezes queremos sair, nao entrar, procuramos saida, nao entrar naquele lugar onde todo mundo tem sido levado
A ideia de Inclusão Digital acaba levando todo mundo pro mesmo lugar e ficamos refém de tecnologias estrangeiras
Inclusão leva todo mundo pras redes sociais, tech prod e controladas por impérios fin e de com hegemônica e a gente não acha isso saudável
queremos no lugar de inclusão, prefere falar de apropriação tecnológic[a]a, o que nao ta resolvido é isso o pensar comunicação como direito humano
temos essas questões que apontam que nao ta resolvido na medida que políticas de incentivo a cultura digital, de se apropriar e produzir de acordo com a cultura de cada lugar. máquinas são máquinas, precisamos das pessoas mais do que máquinas
demandas
estamos vivendo um desgoverno absoluto, trágico,. prob nao é so pandemia, pandemônio político
demandas de hoje são muito grandes e passa pela questão da cultura e do territorio, precisamos repensar a sociedade a partir do eixo transversal que de um lado se ancora na cultura e de outro o território. Elementos fundamentais para pensar a evolucao da sociedade brasileira, país continental com diversidade tremenda, que é uma riqueza, vira um problema mas devia ser vita como riqueza - div social, cultural, geog, politica é fantastico e poderia se raproveitado de outras maneiras
_termo inclusão digital
conceito da inclusão parte do pressuposto que ter nascido no pais não me garante direitos, de cidadania pleno, sujeito pleno, consciente de si, com seus modos, sua cultura, seus valores. Devia estar garantido pelo fato de ter nascido aqui, teria que ser meu direito de escolha dizer p onde quero ir, não é algo que tem que se dar p alguem, as pessoas já nascem com o direito de ser o que quiser ser - deveria ser assim
A direção que teria que tomar é pensar a educação, educação social, como base não é institucional, da escola dizer o padrao e a caixa da educação que está. Educação pensada de forma mais plena e mais ampla, educação é o compartilhamento de trocas. Não é só escola, é o território, é ele que nos respeita, potencializa, nos ampara. Onde as trocas são múltiplas e conseguimos nutrir o ecossistema humano onde direitos e valores sao bem cuidados!!
mais do que educar é o cuidar!!!! o territorio - não uma instituição
é obrigado a cuidar, a conviver - uma cosmovisão africana, mais evoluída, não é para mim, é p nos
o mundo todo ta passando essa travessia, fundamental pensar que temos que sonhar com outro mundo possivel para nos