Um dos maiores obstáculos à geração e implementação de ideias adaptáveis a um cenário de incerteza é o apego a uma cultura do planejamento de longo prazo. Imaginamos que antes mesmo de tentar qualquer coisa, é necessário entender completamente o entorno, antever todos os problemas e minimizar os riscos. Um contraponto a esta visão é a cultura de inovação alimentada pelas novas tecnologias e suas formas de desenvolvimento. Fazendo obviamente a ressalva de que as condições do mercado de tecnologia não se aplicam a qualquer área de atuação, vamos trazer algumas referências que podem ser relevantes quando usadas de maneira consciente.
A lean startup, ou "startup enxuta", é um modelo formulado pelo empreendedor estadunidense Eric Ries. Ele propõe que, em vez de planejar ações a longo prazo e tentar antecipar todos os problemas que possam enfrentar, o ideal é fazer justamente o oposto: experimentar o mais cedo possível, e corrigir o rumo à medida em que os projetos são desenvolvidos. Para Ries, o empreendedorismo está em toda parte, e poderia ser entendido fundamentalmente como um modo de gestão. Afirma ainda que o recurso mais importante para a inovação aplicada é o aprendizado validado - ou seja, quando se testa uma ideia de forma concreta com as pessoas que serão impactadas por ela.
Para Ries, uma organização enxuta baseia-se na reiteração de um ciclo composto por três etapas:
Idealmente, essas etapas ficam em loop constante: uma vez que uma ideia tenha sido implementada - ainda que de forma superficial e com falhas -, ela já pode ser testada, e levar a aprendizados que vão informar a próxima etapa de construção. É importante, nesse sentido, pensar em formas bastante concretas de medir a inovação. No contexto das empresas de tecnologia, podem ser utilizados alguns mecanismos:
Este recurso faz parte das seguintes listas: