Mãe d'Água é um nome popular na cultura e na mitologia brasileira. Uma encantada, um Orixá, um ser fantástico que habita e também protege Mares e Oceanos. Também é redundante afirmar, cientificamente, que a vida é codependente da existência de água - item tão abundante nesse planeta, que se torna cada vez mais escasso e degradado.
Aqui Mãe d'Água se desenvolve desde 2012 como uma TAZ, voltada para experimentação em tecnologias críticas, nas bases da MetaReciclagem. Um módulo de monitoramento de qualidade de água que usa a tecnologia como pretexto para lembrar que o "importante são as pessoas". Naquela época, as atividades desenvolvidas geraram duas publicações:
Posteriormente, Mãe d´Água permeou outros projetos, como a Rede InfoAmazônia, o HiperGuardiões, e o Tortuga Guardian. A última atualização do módulo aconteceu em 2024, no Bailux, Bahia.
Em 2025, a proposta ressurge como um laboratório diverso, que conecta pessoas e aborda temáticas transversais. Estamos sediados no LabEcoHumana, na UNISANTA, Santos.
Tudo aqui é CC BY NC SA
Nosso objetivo é o "rewilding", ou seja, tornar as experimentações em tecnologia selvagens novamente - ou simplesmente "vivas novamente". Buscamos unir duas grandes áreas vistas como antagônicas, mas que podem e devem se integrar: a área ambiental e os sistemas de informação tecnológicos. Desenolver, e implementar soluções colaborativas baseadas em padrões abertos, criando espaços comunitários capazes de dialogar com a produção científica para alcançar inovações que sejam desenvolvidas coletivamente para resolver problemas reais da sociedade, não apenas gerando um hype que consome recursos-gera lixo e não possui significado algum.
Ao longo dos anos, muitas iniciativas não apenas se inspiraram em Mãe d' Água, mas também sequestraram a narrativa para projetos comerciais e de interesses específicos, criando doppelgangers: um duplo esvaziado que se apropria do projeto mas não é o projeto, e muito menos pode ser reconhecido como um remix ou uma validação de algo de uso aberto.
Essa retomada focada em experimentação, desenvolvimento e pesquisa, também é uma retomada para modelos de documentação - e análise crítica ao compartilhamento/apropriação além do estabelecimento de identidade visual e sistematização de assets. Já que agora o conceito "parece real mas não é" pode ser aplicado como nunca.
Atualmente o Mãe d' Água se desdobra em duas frentes de pesquisas complementares, contando com subsídios da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP
A proposta vinculada ao projeto ETNOPESCA: Ações Socioambientais em Comunidades Costeiras Vulneráveis, tem como objetivo realizar ações de ciência aberta e cidadã, voltadas a apropriação crítica de tecnologias de informação e comunicação (TICs) livres e abertas, capazes de democratizar o acesso e a disseminação de dados de pesquisa.
Trabalhamos na elaboração de bases referenciais, para gerar artigos colaborativos com informações enciclopédicas e podcasts, sobre:
A partir deles geramos um conjunto de produtos extensionistas, chamado de Ipupiara - uma criatura mítica encontrada na época do Brasil Colônia, em São Vicente, São Paulo. No Tupi antigo, Ipupiara significa "o que mora dentro d'água".
Nesta proposta, Mãe d´Água tem como objetivo promover o ensino de Ciências da Natureza no Ensino Médio por meio de atividades e trabalhos que visam o aprendizado baseado em pesquisa experimental, envolvendo a pesquisa e o desenvolvimento de:
Em breve
Coordenação - Lab Ecologia Humana/UNISANTA: Milena Ramires
Pesquisa: Maira Begalli, Ricardo Guimarães, Felipe Fonseca
Design e Produtos de Mídia: Carolina Saravalli e Kevelyn Oliveira